PEC paralela da Previdência será votada em novembro na CCJ, diz presidente da comiss?o

Falta de m?o de obra amea?a indústria no Brasil e exige qualifica??o de 14 milh?es até 2027

Na chamada revolu??o 4.0 da indústria,?odeobraamea?aindústrianoBrasileexigequalifica??odemilh?esatéresultado da lotofácil da última segunda-feira em que os processos de fabrica??o incluem novidades como internet das coisas, automa??o com conectividade, realidade virtual e inteligência artificial (IA), as linhas de produ??o no Brasil e do mundo sofrem de um problema cr?nico: falta de m?o de obra qualificada. Trata-se de um fen?meno que tem impacto direto na produtividade das empresas e no crescimento do país. — Isso reduz a competitividade da indústria. Os custos de produ??o ficam mais altos e há desestímulo à manufatura. Uma consequência é um freio no potencial de crescimento do país — diz Juliana Inhasz, professora de economia do Insper. Entre os fatores que provocam a falta de m?o de obra está o descompasso entre a forma??o de pessoas e as necessidades das empresas, e o envelhecimento da popula??o, explica o superintendente de Educa??o Profissional e Superior do Senai, Felipe Morgado. Para especialistas, o Brasil precisa acelerar a forma??o de jovens para cobrir esse déficit. O Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027, elaborado pela Confedera??o Nacional da Indústria (CNI), revelou que, para atender às demandas nos próximos anos, será necessário qualificar cerca de 14 milh?es de trabalhadores até 2027. Desse total, cerca de 2,2 milh?es v?o precisar de forma??o inicial para preencher novas vagas e substituir aqueles que deixar?o o mercado de trabalho. Os demais 11,8 milh?es já empregados precisar?o de requalifica??o para se adaptarem às transforma??es tecnológicas. Morgado lembra que o Brasil vem investindo em educa??o profissional, mas ainda está distante de outros países. O percentual dos jovens que fazem educa??o profissional no Brasil é de 11%. Em países como Chile, s?o 33%: Mais Sobre Indústria do Amanh? Chips viram arma estratégica na disputa entre EUA e China; Brasil tenta novo papel ‘N?o é muito verdade que a nossa economia é fechada’, diz Rubens Ricupero :root { --box-recomendacao-font: OGloboTitleFontBold,OGloboTitleFontFallback; --box-recomendacao-base-color: #1e4c9a; --box-recomendacao-contrast-color: #fff; --box-recomendacao-hiperlink-color: #1e4c9a; } O fluxo de forma??o menor do que a necessidade do país se reflete nas empresas. A ManpowerGroup, consultoria especializada em solu??es de gest?o de for?a de trabalho, constatou que 81% dos empregadores brasileiros tiveram dificuldades, no ano passado, para encontrar profissionais com as habilidades necessárias. O Brasil ficou acima da média global de 74%. O relatório aponta setores como Tecnologia da Informa??o e Dados (39%) como os mais desafiadores para encontrar profissionais. Em S?o Paulo, principal polo industrial do país, a Fiesp encontrou numa pesquisa conduzida pelo Instituto Locomotiva outra raz?o para as vagas abertas na indústria. Entre 1,5 mil entrevistados pelo levantamento, apenas 11% mostraram interesse em ser empregados da indústria. Mais da metade (58%) querem trabalhar por conta própria. — é uma mudan?a em rela??o a seus pais. Ter mais flexibilidade e possibilidade de gerar renda mais rapidamente é um dos motivos que levam a nova gera??o a preferir empreender, em detrimento do trabalho na indústria — diz Renato Meirelles, presidente do instituto. Para atrair o interesse dos jovens pela indústria e suprir a demanda do setor, seja no ensino profissionalizante ou em nível superior de educa??o, a academia, federa??es de empresários e as próprias empresas vêm mudando a forma de ensino e criando suas próprias escolas para qualificar jovens. A oferta de treinamento com novas tecnologias, como IA, também é uma forma de atrair as pessoas. Empresas oferecem treinamento Para atrair o interesse dos jovens pela indústria, e suprir parte da demanda do setor industrial, seja no ensino profissionalizante ou em nível superior de educa??o, a academia, federa??es de empresários e as próprias empresas vêm mudando a forma de ensino e criando suas próprias escolas para qualificar jovens. A oferta de treinamento com novas tecnologias, como IA, também é um forma de atrair as pessoas. O Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), referência em engenharia em S?o Paulo, oferece nove cursos, entre mecanica e engenharia civil. Mas, nos anos 90, abriu curso de negócios, e já nos anos 2000, de design. — Entendemos que para abordar problemas complexos que a sociedade contemporanea traz, você tem que ter uma vis?o da tecnologia, que resolve o problema, mas também do modelo de negócio que vai torná-la viável e da experiência que você entrega para o usuário — conta José Carlos de Souza Jr., engenheiro e superintendente do IMT. No instituto, diz Souza, os alunos estudam também os impactos sociais das solu??es de engenharia, interagem com alunos de outros cursos e utilizam um laboratório comum às demais especialidades, o que confere uma forma??o com vis?o global da carreira. A companhia aérea Latam inaugurou, este ano, sua escola para formar novos mecanicos aeronáuticos. A empresa está se antecipando a um possível déficit desse profissional. S?o 70 alunos, funcionários da própria empresa, e as aulas acontecem em S?o Carlos, interior de S?o Paulo, onde a Latam mantém o maior centro de manuten??o aeronáutica da América do Sul. A escola também será aberta para o público externo em breve. — A qualifica??o de profissionais é essencial para sustentar o próximo ciclo de crescimento da avia??o brasileira. A Latam está se antecipando a esse desafio e ampliando o investimento em capacita??o — disse Alexandre Peronti, diretor de manuten??o da Latam Brasil. Oferta para rede pública A Seagems, empresa brasileira especializada em engenharia submarina, criou a Seagems Excellence Academy (SEA), há uma década, para formar e atualizar os profissionais da companhia. As atividades da empresa exigem competências muito técnicas desses, como operar os 12 veículos submarinos da companhia. Já foram investidos US$ 25 milh?es em treinamentos na SEA, nos últimos dez anos, e a oferta é de 14 cursos técnicos. Desde o ano passado, está sendo oferecido treinamento a alunos da rede pública e a empresa mantém um centro de treinamento exclusivo em Rio das Ostras (RJ), que abriga simuladores desenvolvidos sob medida para replicar as opera??es dos navios da Seagems. — Nenhuma inova??o tecnológica tem real impacto se n?o estiver acompanhada do desenvolvimento humano — diz Glaucia Maciel, diretora de RH da Seagems. Em Minas, a Federa??o das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) inaugurou um Centro de Treinamento e Desenvolvimento da Indústria 4.0. O local oferece forma??o em tecnologias como robótica, internet das coisas (IoT), realidade aumentada, inteligência artificial e digitaliza??o industrial, novas tecnologias que já vem sendo adotadas pelas indústrias. A construtora Tenda criou o programa de imigrantes para treinar e atrair m?o de obra de imigrantes de dez países, entre eles Venezuela e Angola. Já s?o 414 estrangeiros atuando em obras da construtora em sete estados. O Senai também passou a oferecer cursos conectados com as novas necessidades do mercado de trabalho, como capacita??o em tecnologia da informa??o, além de forma??o de desenvolvedores e programadores com IA para que ela seja aplicada na indústria. Também há treinamento na área de energia renovável. Pelo lado do poder público, também há iniciativas para ampliar o ensino prifissional. A mais recente delas, deste ano, foi a cria??o do programa Juros por Educa??o. O governo federal vai reduzir os juros das dívidas dos estados com a Uni?o, desde que esses recursos sejam investidos na expans?o de vagas na educa??o profissional e tecnológica de nível médio. — Essa oferta de profissionais que existe hoje n?o está sendo suficiente. O Brasil vem investindo nos últimos anos em educa??o profissional, mas ainda é muito distante do que os países desenvolvidos fazem — explica Morgado, do Senai. Este conteúdo faz parte do especial em comemora??o pelo centenário do jornal. Acesse a página O GLOBO 100 anos para ver mais reportagens. Mais recente Próxima ‘Seguran?a n?o é de direita nem de esquerda: é um direito’, diz Hugo Acero Indústria do Amanh? Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ vertical-align:middle}.bstn-aovivo-label{ background:red;border-radius:3px;color:#fff;display:inline-block;font:700 11px Arial,sans-serif;margin:0 8px 0 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