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UFPE anuncia corte de gastos para reduzir déficit de R$ 23,9 milh?es e manter funcionamento até outubro

O reitor da UFPE,éficitdeRmilh?esemanterfuncionamentoatéjogo de fazer bolo e comida Alfredo Gomes, anunciou, nesta ter?a-feira (8), uma série de cortes de gastos por conta da redu??o nos repasses de recursos da Uni?o.

Segundo o professor, a institui??o tem um déficit or?amentário de R$ 23,9 milh?es.

Entre as medidas previstas, est?o encerramento de contratos e cancelamento de editais para financiamento de pesquisas.

O anúncio foi feito pouco mais de um mês depois que o governo federal fez uma recomposi??o de R$ 400 milh?es para as universidades.

O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, anunciou, nesta ter?a-feira (8), uma série de cortes de gastos por conta da redu??o nos repasses de recursos da Uni?o. Segundo o professor, a institui??o tem um déficit or?amentário de R$ 23,9 milh?es (veja vídeo acima). A medida vai afetar contratos com terceirizadas e editais de pesquisa.

"Nós vamos fazer ajustes para garantir o funcionamento da universidade até outubro deste ano. Depois, vamos fazer um segundo remanejamento para finalizar o ano de 2025. [...] Precisamos de um aporte, que nós chamamos de forma técnica de recomposi??o por suplementa??o or?amentária, para finalizar o ano de 2025. Essa suplementa??o, para a Universidade Federal, é na ordem de R$ 23,9 milh?es", afirmou o reitor em entrevista coletiva.

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De acordo com Alfredo Gomes, o ajuste fiscal vai impactar um ter?o dos contratos celebrados pela universidade com empresas terceirizadas. Além disso, foram suspensos todos os editais que dependem de recursos do Tesouro Nacional.

"Envolve energia, envolve limpeza externa, limpeza interna. Ou seja, envolve um conjunto de contratos fundamentais para a manuten??o da universidade. [...] Também estamos suspendendo todos os editais da universidade que dependem de recursos do Tesouro, porque tem outros recursos, por exemplo. Isso implica descontinuidade de políticas importantes, de extens?o, de pesquisa, de ensino, de inova??o", disse.

A institui??o informou, ainda, que há três obras que n?o ser?o impactadas pelos cortes: a reforma do Teatro da UFPE, cujos recursos vêm de emendas parlamentares; a quarta etapa do campus de Vitória de Santo Ant?o, na Zona da Mata Sul, e a constru??o do campus em Sertania, no Sert?o do estado. As duas últimas s?o financiadas pelo Novo Programa de Acelera??o do Crescimento (PAC).

1 de 1 Reitor e vice-reitor da UFPE, Alfredo Gomes e Moacyr Araújo, em entrevista coletiva — Foto: Reprodu??o/TV Globo

Déficit or?amentário

O anúncio foi feito pouco mais de um mês depois que o governo federal fez uma recomposi??o de R$ 400 milh?es para as universidades após o congelamento de R$ 31,3 milh?es no Or?amento da Uni?o para cumprir as metas fiscais. De acordo com o reitor Alfredo Gomes, essa recomposi??o garantiu à UFPE o repasse de R$ 7,9 milh?es, mas n?o é suficiente para suprir a demanda.

"Temos R$ 178 milh?es [no or?amento da UFPE]. Mais R$ 23,9 milh?es, dá um total R$ 202 milh?es. Esse é o or?amento que seria suficiente em face da conjuntura que nós temos para fazer o funcionamento da universidade. Na prática, a recomposi??o é importante, foi uma boa sinaliza??o do governo federal, mas é insuficiente para o quadro deficitário em que nós estamos operando", explicou.

Uma das principais universidades públicas do país, a institui??o tem três campi (Recife, Vitória de Santo Ant?o e Caruaru), onde estudam e trabalham mais de 48 mil alunos de gradua??o, mestrado e doutorado, 2.500 professores e 3.500 técnicos.

De acordo com o vice-reitor da UFPE, Moacyr Araújo, para manter toda essa estrutura, a universidade precisa de cerca de R$ 17 milh?es por mês, mas tem recebido R$ 14,5 milh?es, um déficit mensal de R$ 2,5 milh?es.

"Essa necessidade de ajustes n?o vai fazer com que consigamos chegar ao final do ano de forma salutar do ponto de vista financeiro. Ela vai ajudar", disse.

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