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'A Hora da Estrela', com Marcélia Cartaxo, celebra 40 anos: 'Levante para o nosso cinema'

1 de 3 O longa tem como protagonista a atriz paraibana Marcélia Cartaxo,jogo de panelas de ferro natural de Cajazeiras, no Sert?o da Paraíba. — Foto: Reprodu??o/A Hora da estrela

O filme "A Hora da Estrela" completa, neste mês de setembro de 2025, 40 anos de lan?amento. Estrelado pela atriz paraibana Marcélia Cartaxo, o longa de Suzana Amaral é baseado no livro hom?nimo de Clarice Lispector e foi eleito como um dos melhores 100 filmes brasileiros de todos os tempos pela Associa??o Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).

O longa conta a história da jovem Macabéa, uma nordestina datilógrafa que encontra um namorado em S?o Paulo. Quatro décadas depois do lan?amento que marcou a história do cinema nacional, no 18o Festival de Brasília do Cinema, o filme desperta boas lembran?as e segue representando, para Marcélia Cartaxo, um divisor de águas.

"Quarenta anos se passaram com essa minha primeira participa??o em um projeto de audiovisual, com o filme 'A Hora da Estrela', e o cinema brasileiro tem ficado firme no mercado com muita resistência [...] S?o 40 anos (do filme) pra cá, mas ao todo s?o 52 anos de dedica??o a arte, desde a minha infancia quando comecei com 12 anos de idade. Ent?o é uma celebra??o muito grande", disse Marcélia Cartaxo, atriz paraibana que protagonizou "A Hora da Estrela".

A atriz relembra dos muitos outros filmes, pe?as de teatro e novelas que fez desde ent?o, e afirma ser grata por "seguir um caminho assim a vida toda". Para ela, um dos legados mais importantes do filme para o audiovisual brasileiro é o reconhecimento estrangeiro. Foi pela atua??o no longa que a paraibana foi eleita melhor atriz pelo Festival Internacional de Cinema de Berlim, na Alemanha, recebeu o Urso de Prata.

"O legado que 'A Hora da Estrela' deixa é a importancia que a gente tem lá fora. Eu sou a primeira atriz a ganhar o prêmio internacional (com o filme), vieram muitos outros prêmios [...]. Agora nessa retomada a gente recebeu o nosso primeiro Oscar, e eu acho que isso é um levante para o nosso cinema, a importancia que a gente tem lá fora é muito grande", explicou a atriz.

2 de 3 Marcélia Cartaxo também ganhou prêmio de melhor atriz pelo longa 'Pacarrete', no Festival de Cinema de Gramado — Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto

A atriz, que recentemente foi homenageada pelo Festival de Cinema de Gramado, um dos principais do país, com o Troféu Oscarito, também acredita que o cinema nacional deve seguir o legado de "A Hora da Estrela" no que diz respeito ao relato de histórias "do nosso Brasil". Para Marcélia, narrativas como a do longa s?o capazes de garantir a preserva??o da memória do país.

"Temos muito para contar sobre o nosso Brasil, sobre a nossa sociedade, sobre a nossa política, sobre todas as nossas histórias e nossas memórias... nada vai ficar esquecido. O cinema brasileiro é um apanhado para que a gente possa transformar, mostrar que tem coisas que s?o boas e importantes", explicou Marcélia.

Agora, Marcélia Cartaxo vê os frutos de 52 anos de trabalho. Em Cajazeiras, no Sert?o da Paraíba, cidade natal da atriz, um centro cultural cuja sala de cinema leva o nome dela foi inaugurado recentemente. Um reconhecimento que, para a atriz, significa recompensa.

"Minha cidade de Cajazeiras me fez uma grande homenagem, me dando a honra de ter um equipamento de meu nome na cidade, de muita alegria e necessidade [...]. Demorou muito a chegar esse cinema que se chama Marcélia Cartaxo, e com muito orgulho represento minha cidade, a arte em si em todo o Brasil. é um reconhecimento histórico na minha vida e consequentemente na minha cidade onde o celeiro de artistas é grande", relatou.

3 de 3 Marcélia Cartaxo, homenageada com o Troféu Oscarito no Festival de Cinema de Gramado — Foto: Edison Vara/ Ag.Pressphoto

Com mais de 50 anos dedicados ao audiovisual, Marcélia Cartaxo segue com a mesma esperan?a de quando atuou em "A Hora de Estrela", há quatro décadas atrás. Ela segue apostando no poder da arte para transformar realidades.

"O audiovisual está se expandindo no mundo inteiro, principalmente, porque há uma retomada. Temos altos e baixos e somos resistentes. A gente sempre vai lutar por ele porque a arte é importante, transforma, e é essa grande transforma??o que a gente precisa ter", finalizou.

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