CNA diz em audiência nos EUA que competitividade do agro do Brasil tem fundamentos legítimos

O que o agro catarinense espera para 2024

A produ??o agropecuária brasileira e catarinense passa por transforma??es. Ainda que o número de trabalhadores no campo seja superior à média mundial,resultado quina conc 5060 há um impacto das unidades produtivas, com êxodo rural e ado??o de novas tecnologias. Mesmo assim, Segundo Enori Barbieri, vice-presidente da Federa??o da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), o Estado possui metas ambiciosas para o ano que vem.

Para carne de suínos, a Faesc projeta que a expans?o dos embarques ao mercado externo pode alcan?ar 5% em 2024. O Estado é o maior produtor e exportador de suínos do país.

A entidade aponta que, para as aves, o acréscimo deve ser de 1% a 2%, mais estagnado, por conta do elevado volume já exportado. Apesar do aumento em menor magnitude, as tecnologias alavancam a produ??o e os embarques externos, refor?ados pelo status sanitário diferenciado e conquista de novos mercados. O estado é o segundo maior produtor nacional de carne de frango.

“Santa Catarina tem batido recordes ano após ano. Com os investimentos feitos no estado, foi possível elevar as exporta??es de carne suína e de frango para mercados extremamente exigentes. Mas ainda é possível ganhar mais mercados, tanto pela nossa capacidade produtiva quanto pelo aprimoramento da tecnologia. Os setores ainda podem aumentar a produtividade, o que demanda pesquisas em patamares superiores. Mas agora fica mais difícil, pois já chegamos ao topo da competitividade”, avalia Barbieri.

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Barbieri destaca que o grande mercado, atualmente, é a China, com maiores compras em volume. No entanto, ele enxerga novas oportunidades de conversas com a índia, que vem passando por um robusto processo de aumento populacional. Países da áfrica, da América Central e o México passam a ser novos destinos também para cadeias de aves e suínos.

A Faesc ainda enxerga problemas na cadeia do setor leiteiro no ano que vem, que precisa ser desenvolvida e que vem perdendo produtores a cada ano, apesar de n?o ter sofrido com a diminui??o de volumes. Segundo o dirigente, é preciso ajuda governamental para que o crescimento ocorra, e o estado n?o tem conseguido adentrar no mercado externo tanto pela qualidade quanto pelo pre?o dos produtos.

Para banana e ma??, a meta é ampliar os mercados, mas o dirigente n?o apontou uma proje??o. A soja vem apresentando produ??o recorde e o milho boa safra, o que deve se repetir, em sua vis?o. No entanto, como todo o país teve uma super safra da soja, os pre?os pagos ao produtor s?o menores, com tendência negativa para o ganho real na propriedade no curto prazo, mediante a oferta crescente. A situa??o pode se reverter no futuro e o importante é ampliar os mercados, pondera.

“Se n?o estamos ganhando mais dinheiro, estamos movimentando a economia, gerando empregos e novas tecnologias. Sempre é bom garantir mercado. A partir do momento que entra e mostra competência, dificilmente perde. Como temos qualidade e sanidade reconhecida, quando o produtor local entra em novo mercado, n?o perde mais”.

Na outra ponta, o arroz segue com perspectiva de pre?os mais vantajosos, mas n?o é foco das exporta??es, e sim do mercado interno, gerando boas rendas ao produtor rural.

José Antonio Ribas Junior, presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC), aponta que, para este ano, a meta é n?o perder mercados.

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O ano de 2023 tem sido desafiador para as agroindústrias catarinenses, devido à circula??o da gripe aviária na América do Sul. O status sanitário diferenciado e certifica??es com garantia internacional em saúde animal possibilitam que os produtores catarinenses n?o sejam t?o afetados, em sua vis?o.

“Estamos atuando com toda nossa estrutura e articula??es. Temos tido sucesso nisso porque estamos livre dessas doen?as”.

A proje??o é de gera??o de 2 bilh?es de dólares em exporta??es da agroindústria nesse ano, com produ??o que n?o deve crescer em volume devido a entraves físicos - maior capacidade de armazenagem está entre os pleitos do setor. Para o ano que vem, sua expectativa também é adentrar com maior profundidade em mercados mais exigentes e sofisticados, como o europeu e o japonês.

“Poderemos continuar sendo parceiros deles e, para Oriente Médio, incluindo Emirados e Arábia Saudita, o mercado pode ser explorado melhor”.

Mesmo com a diminui??o no número de produtores e de propriedades, a concentra??o e uso de mais tecnologia tem resultado em maior produtividade, em sua vis?o.

Estratégias e pleitos para expans?o em 2024

Entre os objetivos do Sindicarne para fomentar o crescimento no ano que vem, est?o a melhoria no mix de vendas, dos produtos mais baratos aos com mais elaborados, investimentos em tecnologias para elevar o valor agregado e exportar mais receita mesmo com o mesmo volume.

“Precisamos garantir que estejam nos planos de investimentos do estado e do governo federal projetos logísticos. Temos brigado muito. é o primeiro ano de um governo de estado, mas temos trabalhado fortemente para tirar demandas do papel, com planos para melhorias necessárias e urgentes, com 20 anos de atraso”, conclui Ribas Junior.

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A Faesc completa que o estado enfrenta dificuldades como acesso aos portos de produtos que s?o oriundos do Centro Oeste, além da produ??o nacional que n?o consegue chegar como deveria, pois a demanda é muito intensa.

“Há navios que n?o conseguem atracar corretamente nos portos, porque n?o é possível dar conta. O acesso está cada vez pior. O governo federal podia concretizar o sonho de Santa Catarina e implementar a ferrovia do frango, com destino a Chapecó, para que seja possível trazer insumos como o milho do Centro Oeste com mais facilidade”, argumenta Barbieri

O executivo da Faesc concorda que as rodovias - tanto estaduais quanto federais - s?o um verdadeiro gargalo para o produtor catarinense e pede que medidas de duplica??o de estradas de referência para transportes tenham urgência e sejam viabilizadas.

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