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Cachoeira sustentável: como pneus e garrafas viraram uma cascata de 25 metros

Pneus,resultado da mega-sena da virada de 2020 para 2021 garrafas PET e outros resíduos que poluíam o manguezal agora sustentam uma cachoeira artificial de 25 metros, construída dentro da APA Petrópolis, uma das áreas mais antigas de preserva??o ambiental do país.

A iniciativa mistura turismo, reflorestamento e educa??o ambiental, mostrando que o que parecia um problema pode virar solu??o.

A água que cai na cachoeira n?o vem de nascentes: trata-se de um sistema aut?nomo de capta??o e tratamento de água da chuva, totalmente interno à estrutura, que bombeia o líquido filtrado para o topo da cascata.

O que antes era lixo espalhado pela Baía de Guanabara se transformou em uma das atra??es mais curiosas de Magé, na Regi?o Metropolitana do Rio. Pneus, garrafas PET e outros resíduos que poluíam o manguezal agora sustentam uma cachoeira artificial de 25 metros, construída dentro da APA Petrópolis, uma das áreas mais antigas de preserva??o ambiental do país.

A iniciativa mistura turismo, reflorestamento e educa??o ambiental, mostrando que o que parecia um problema pode virar solu??o. A seguir, veja o passo a passo de como o projeto saiu do fundo da baía para se tornar símbolo de sustentabilidade na serra fluminense.

A coleta de resíduo

A primeira etapa foi executada por pescadores artesanais de Magé, em parceria com o projeto águas da Guanabara, que come?aram a recolher toneladas de resíduos que antes se acumulavam no manguezal. O trabalho, realizado até três vezes por semana, já retirou cerca de 40 toneladas de lixo das águas.

“Pescadores aqui de Magé fazem essa coleta três vezes por semana, cada barco sai com 2 pescadores. Eles coletam 10 sacos de 200 litros desses resíduos que eles encontram no manguezal. A gente encontra todo tio de material dentro dessa baía”, afirma Elaine Cristina, presidente da Col?nia de Pescadores de Magé.

1 de 5 Pescadores coletaram lixo da Baía de Guanabara para usar na constru??o de cachoeira — Foto: Reprodu??o / TV Globo

Reuso e constru??o da estrutura

A partir dos resíduos coletados, o empresário André Marinho de Moraes idealizou o Eco Resort Castelinho, em Magé, transformando materiais em pedras artificiais recheadas de lixo reciclado — centenas de pneus, além de PETs e isopor.

“Há mais de 10 anos n?o frequentava aqui. Cheguei aqui e vi isso muito abandonado. E tem um valor sentimental porque eu nasci e brinquei aqui. Pensei em fazer algo novo, e surgiu essa cachoeira, surgiu o empreendimento”, contou André.

2 de 5 Toneladas de garrafas pet foram usadas na constru??o de estrutura de cachoeira — Foto: Reprodu??o / TV Globo

Abastecimento com água da chuva

A água que cai na cachoeira n?o vem de nascentes: trata-se de um sistema de capta??o e tratamento de água da chuva, totalmente interno à estrutura, que bombeia o líquido filtrado para o topo da cascata.

3 de 5 Lixo retirado da Baía de Guanabara é usado na constru??o de cachoeira em Magé — Foto: Reprodu??o / TV Globo

Licenciamento ambiental e preserva??o

O projeto foi feito com apoio técnico, cumprindo as normas federais e municipais. O Eco Resort foi cadastrado como área de soltura de fauna silvestre pelo Ibama e recebe acompanhamento da APA Petrópolis, unidade de conserva??o federal do ICMBio.

Reflorestamento e transforma??o da área

O terreno, antes um gramado sem uso, foi transformado pelo plantio de 12 mil mudas de espécies nativas e frutíferas, promovendo reflorestamento de parte da Mata Atlantica no local.

4 de 5 Foram plantadas 12 mil mudas de espécies nativas e frutíferas na área onde cachoeira sustentável foi construída em Magé — Foto: Reprodu??o / TV Globo

Educa??o ambiental e engajamento da comunidade

Alunos das escolas de Magé participam de visitas guiadas. O programa incluiu trilhas na cachoeira reciclada, oficinas de reciclagem criativa, plantio de mudas, exposi??o, e soltura de pássaros.

5 de 5 Alunos das escolas de Magé participam de visitas guiadas — Foto: Reprodu??o / TV Globo