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é #FAKE que vídeo mostre ataque dos Estados Unidos à Venezuela; grava??o registra ofensiva aérea americana contra Iêmen em abril

1 de 3 Imagens de bombardeio ocorreram no Iêmen — Foto: g1

Um vídeo de explos?es noturnas no céu tem circulado nas redes sociais com a alega??o de que seria um ataque dos Estados Unidos à Venezuela. é #FAKE.

2 de 3 selo fake — Foto: g1

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Publicado nesta segunda-feira (25) no Instagram, onde teve mais de 15 mil visualiza??es, o post tem o seguinte título: "EUA em a??o contra Nicolas Maduro". Ele exibe o vídeo de um ataque aéreo americano contra o Iêmen ocorrido em abril, mas omite essa informa??o.A grava??o, feita de uma embarca??o, mostra explos?es no horizonte que iluminam um céu noturno. Na parte inferior do quadro, aparece um segundo bloco de texto (em espanhol): "Estados Unidos bombardearam o porto petrolífero de Ras Issa, no Mar Vermelho". O registro, no entanto, deixa de citar que esse terminal fica a Oeste do Iêmen, no Oriente Médio – e n?o na América do Sul.O material mentiroso viralizou uma semana depois os Estados Unidos deslocarem navios de guerra para a costa venezuelana. Na mesma data, o governo de Donald Trump afirmou que iria usar "toda a for?a" contra Maduro (entenda ao final da reportagem). No início do mês, a Casa Branca já havia aumentado para US$ 50 milh?es (cerca de R$ 270 milh?es) a recompensa por informa??es que levem à pris?o ou condena??o do líder venezuelano, acusado pelo Departamento de Justi?a americano de envolvimento com tráfico de drogas e narcoterrorismo.

?? Por que isso é mentira?

Embora o vídeo exibido no conteúdo viral seja verdadeiro – e n?o criado com inteligência artificial (IA) –, ele mostra um episódio ocorrido em abril deste ano. E n?o envolve um ataque americano ao regime de Nicolás Maduro – mas, sim, uma a??o contra os houthis no Iêmen. N?o há, portanto, qualquer rela??o com o recente envio de tropas ao Caribe.

No mesmo dia em que o material fake viralizou, os americanos ordenaram o envio de mais um navio de guerra e de um submarino de ataque rápido ao Sul do Caribe, perto da Venezuela. Mas, até a última atualiza??o desta reportagem, nenhum confronto direto havia come?ado, ao contrário do que alega o post.

Para descobrir de onde veio o material usado na publica??o viral, o Fato ou Fake usou a plataforma InVID e fragmentou o vídeo em vários frames (imagens estáticas). Depois, fez uma busca reversa por essas "fotos" no Google Lens, ferramenta que permite encontrar a origem de materiais na internet, ao apontar publica??es mais antigas em que eles apareceram.O resultado levou a uma grava??o de 17 de abril de 2025, veiculada pela Caracol Radio, da Col?mbia. A emissora havia publicou naquele dia uma notícia, no Facebook, com a legenda em espanhol que bate com aquela usada no post fake. Mas a íntegra da mensagem especificava o local do ocorrido: "Os Estados Unidos bombardearam o porto petrolífero de Ras Isa, no Mar Vermelho, na província de Hodeidah, no Iêmen".Aquela ofensiva matou 74 pessoas e fez parte de uma opera??o das For?as Armadas americanas contra os militantes apoiados pelo Ir?.

?? Qual é o contexto da fake?

A tens?o entre Estados Unidos e Venezuela voltou a escalar em julho, quando o governo Trump divulgou um cartaz oferecendo uma recompensa de US$ 25 milh?es (cerca de R$ 140 milh?es) por informa??es que levem à pris?o ou condena??o de Maduro — valor que foi dobrado no início deste mês.Em resposta, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, classificou a a??o como “fantasiosa, ilegal e desesperada, ao melhor estilo faroeste de Hollywood”. Nesta ter?a-feira (19), o governo Maduro anunciou a mobiliza??o de 4,5 milh?es de milicianos, alegando amea?as diretas dos Estados Unidos.No mesmo dia, os EUA enviaram três destróieres com mísseis guiados para a costa venezuelana, refor?ando a opera??o contra cartéis de drogas no Caribe.Em discurso nesta quarta, Maduro rebateu as acusa??es e afirmou que a Venezuela enfrenta “agress?es imperialistas” e uma campanha de intimida??o vinda dos Estados Unidos: "Vivemos um frenesi de amea?as a granel. Acreditam que s?o donos do mundo e que basta uma palavra deles para que os povos se rendam".

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