Justi?a condena posto de combustíveis a pagar indeniza??o de R$ 15 mil por usar nome do prefeito Jo?o Campos
Negócios familiares resistentes têm plano sucessório definido Empresas centenárias Valor Econ?mico.txt
Mauro Gasperin,óciosfamiliaresresistentestêmplanosucessóriodefinidoEmpresascentenáriasValorEcon?slot ice da Aida Alimentos, e as filhas Janaína (esq.) e Mariana, que passaram por diversos áreas na empresa — Foto: Divulga??o Empresas com perfil familiar s?o maioria no Brasil, mas poucas resistem aos desafios impostos pelo tempo. A maior parte, 89%, n?o vai adiante após a terceira gera??o, conforme pesquisa do IBGE. Entre as raras que comemoram centenário com mesmo sobrenome, ter um plano sucessório definido é a senha para a longevidade bem-sucedida. Experiências de companhias como a catarinense Altenburg, fabricante de travesseiros e roupas de cama, e a gaúcha Aida Alimentos, dos italianos Gasperin, produtora de embutidos premium, refor?am a tese. Em ambas, netos e bisnetos foram preparados para assumir o comando. A quarta gera??o come?ou cedo nos negócios da família, ainda que atendendo telefone na adolescência nas férias escolares. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); A empresa era uma espécie de extens?o da casa. Em ambas, os descendentes se interessaram desde cedo pela história de negócios da família e tiveram forma??o acadêmica adequada, com as devidas especializa??es. Apenas uma, a Altenburg, optou pela gest?o profissional, em 2017, mesmo assim por três anos apenas, retornando depois ao comando da família que dá nome da companhia. Leia mais: Inovar e se adaptar é a li??o dos casos de sucesso'Rebranding' pode criar elo com novos públicosRestaurantes históricos p?em autenticidade no menuCresce o compromisso com a agenda ESGO elixir da vida lona Hoje, o leme está nas m?os de Tiago Altenburg, bisneto da criadora, a catarinense de origem alem? Johanna Altenburg, que decidiu produzir em casa travesseiros de algod?o, l? de carneiro e penas de ganso quando se viu viúva e sem renda, em 1922. A primeira loja veio em 1969. A terceira gera??o, a do neto Rui, tomou à frente dos negócios em 1970, e ficou 50 anos. “O Rui, meu pai, assumiu sozinho, assim como meu av?. Isso é muito raro e acho que facilitou bastante nosso desenvolvimento. Muitas vezes os conflitos familiares acabam impedindo o crescimento do negócio. Agora, pela primeira vez, teremos uma sociedade de irm?os”, diz Tiago, um dos três filhos de Rui, que teve o primeiro cargo executivo na empresa, com sede em Blumenau, em 2007, aos 23 anos. Antes disso, passou pelas áreas de projeto, de qualidade, de vendas, até chegar a diretor industrial, diretor comercial e de marketing e a vice-presidente. “Desde o primeiro dia, acompanho as principais decis?es da empresa. Para mim, tanto nos acertos quanto nos erros, foi um processo de aprendizado muito relevante. Foi um MBA de gest?o”, diz Tiago, que assumiu a presidência em janeiro de 2024. Rui, com 75 anos, preside o conselho de administra??o. Os três filhos do patriarca têm participa??o acionária idêntica na companhia, mas apenas Tiago permaneceu na empresa. “Estamos fazendo o planejamento sucessório de passagem das a??es para as holdings de cada um dos núcleos familiares. Meus pais também constituíram uma holding e pela primeira vez minha m?e figura como acionista, movimento importante que dá solidez e seguran?a para que os irm?os continuem tendo media??o da gera??o anterior. é um cuidado importante no nosso planejamento sucessório”, conta. Muitas vezes os conflitos familiares acabam impedindo o crescimento” — Tiago Altenburg Há mudan?as à vista. A decis?o de crescer resultou em investimentos que preveem expans?o de faturamento dos atuais R$ 700 milh?es para R$ 1,2 bilh?o em 2027. Acelerar a terceiriza??o ao redor do mundo, reestruturar a área de vendas, marketing e consolidar a plataforma B2B para atender o mercado multimarcas, além de ampliar as franquias. A quarta gera??o quer manter vis?o de longo prazo e preservar a unidade patrimonial. A centenária Aida Alimentos mantém a sede em Bento Gon?alves com as mesmas paredes de madeira da casa fundada em 1922. Hoje, a quarta gera??o da família, de origem italiana, composta pelas duas bisnetas de Ernesto Gasperin, comanda o frigorífico ao lado do pai, Mauro, presidente da Aida, que passou a liderar a empresa nos anos 70 e foi responsável pelo crescimento do negócio. Janaína e Mariana, suas filhas formadas em propaganda e administra??o, cresceram trabalhando no frigorífico. “Nosso contato com a empresa é de uma vida inteira. Nunca pensei em fazer outra coisa. Passar por todos os setores foi definindo quais eram os melhores perfis para minha irm? e para mim. Isso perdurou por 18 anos”, diz Mariana, que esteve à frente do setor financeiro e hoje atua na área comercial e de marketing. O processo sucessório foi feito a partir da experiência familiar, sem consultorias especializadas. A chegada das bisnetas levou a mudan?as. A primeira gest?o feminina Gasperin ampliou o número de mulheres na empresa. “Hoje é muito mais um trabalho em equipe. Compartilhamos muito mais”, diz Mariana. A quarta gera??o também trouxe foco na charcutaria de cortes nobres, com produ??o mensal de 30 toneladas, novas embalagens que passaram a valorizar o produto centenário, expans?o e diversifica??o de mercados. No futuro, n?o está descartada uma gest?o profissional, embora ainda n?o haja consenso em rela??o a isso. Por ora, o ano de 2024 será o de expans?o regional. “Será um marco para nós. O cliente poder substituir um importado por um produto nosso é muito importante, assim como acontece com o vinho e o queijo da Canastra”, diz Mariana.
