Dono de abrigo clandestino no DF usava químicos para acelerar decomposi??o dos cachorros

M\u00e3e' do t\u00fanel Santos-Guaruj\u00e1, engenheira queria participar de projeto quando ele nem existia

A primeira vez que Raquel Fran?a Carneiro ouviu falar em um túnel para ligar Santos ao Guarujá foi em 2015.à época estudante de engenharia civil,joga na mega sena pela internet ela ouviu o professor de mecanica das rochas falar que trabalhava em projeto da Dersa para constru??o de uma obra de acesso entre as duas cidades."Que legal? Gostaria de participar disso", respondeu.

Raquel Fran?a Carneira, 31, engenheira responsável pelo projeto do primeiro túnel imerso do Brasil, que ligará as cidades de Santos e Guarujá - Rafaela Araújo/Folhapress Ela sorri ao contar a resposta do professor. "Ah, quando você for líder de projeto, essa obra estará construída."Ela ri de forma mais aberta quando lembra que o nome do mestre era Tarcísio Celestino.Dez anos depois, Raquel, 31, foi chamada por outro Tarcísio, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de S?o Paulo, para ter papel decisivo no projeto. Diretora da Artesp, passou a ser chamada de "m?e do túnel". Foi a responsável por ir à Europa vender a ideia a investidores e construtoras.Também fez quest?o de ir ao bairro do Macuco, em Santos, conversar com moradores temerosos de terem as casas desapropriadas.Nesta sexta-feira (5), a portuguesa Mota-Engil venceu o leil?o para construir o túnel que teve o primeiro projeto conhecido em 1927.Raquel, hoje com 31 anos, foi chamada ao púlpito para discursar. Foi uma das que bateu o martelo."Quando o secretário [Rafael Benini, de Parcerias em Investimentos] me chamou, fiquei nervosa. Mas vi tanta gente conhecida. Tanta gente que lidei nesses anos, que fiquei mais calma", afirma. O título de "m?e do túnel" soa estranho para alguém de fala mansa. Mas ela se debru?ou na elabora??o de aspectos técnicos que n?o existiam e come?ou a negociar a vender a ideia.Raquel fez os moradores do Macuco conversarem com Tarcísio de Freitas para escutarem a garantia de que n?o seriam abandonados.