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Indústria automotiva vê queda na produ??o, e se preocupa com alta do IOF e da inadimplência

A produ??o do ústriaautomotivavêquedanaprodu??oesepreocupacomaltadoIOFedainadimplêo desafio da roletasetor automotivo brasileiro caiu 5,9% em maio, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (5) pela Associa??o Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

No mês passado, foram produzidas 214,7 mil unidades, ante 228,2 mil em abril. Na compara??o com maio de 2025, houve um aumento de 28,8%, impulsionado pela paralisa??o do setor durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024.

No acumulado do ano, a produ??o totalizou 1,02 milh?o de veículos, um crescimento de 10,7% em rela??o aos cinco primeiros meses de 2024 (926,8 mil unidades).

Apesar do avan?o, a Anfavea demonstrou preocupa??o com os próximos meses, por conta do aumento do IOF (Imposto sobre Opera??es Financeiras) e do crescimento da inadimplência, que atinge 5% entre pessoas físicas e 3% entre empresas.

No segmento de veículos leves, que inclui os automóveis de passeio, o mês de maio também apresentou retra??o. A produ??o caiu 8,3%, o que representa cerca de 14 mil unidades a menos em rela??o ao mês anterior.

1 de 1 Linha de produ??o do Tera, novo SUV da Volkswagen — Foto: Divulga??o/Volkswagen

A produ??o do setor automotivo brasileiro caiu 5,9% em maio, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (5) pela Associa??o Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

No mês passado, foram produzidas 214,7 mil unidades, ante 228,2 mil em abril. Na compara??o com maio de 2025, houve um aumento de 28,8%, impulsionado pela paralisa??o do setor durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024.

No acumulado do ano, a produ??o totalizou 1,02 milh?o de veículos, um crescimento de 10,7% em rela??o aos cinco primeiros meses de 2024 (926,8 mil unidades).

Apesar do avan?o, a Anfavea demonstrou preocupa??o com os próximos meses, por conta do aumento do IOF (Imposto sobre Opera??es Financeiras) e do crescimento da inadimplência, que atinge 5% entre pessoas físicas e 3% entre empresas.

"A inadimplência tem uma eleva??o gradual ao longo dos últimos meses, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica. Isso nos sinaliza que podemos ter, nos próximos meses, uma contra??o da demanda, eleva??o da taxa de juros e menor venda de veículos", disse Igor Calvet, presidente da Anfavea.

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Veículos leves

No segmento de veículos leves, que inclui os automóveis de passeio, o mês de maio também apresentou retra??o. A produ??o caiu 8,3%, o que representa cerca de 14 mil unidades a menos em rela??o ao mês anterior.

No acumulado do ano, no entanto, o cenário é mais favorável: de 695,6 mil unidades em 2024 para 758,6 mil em 2025, crescimento de 9,1%.

"Temos um mercado que cresce, nossos embarques para o exterior crescem, mas nosso mercado está sendo capturado por modelos importados. Para nós, que representamos os produtores locais, é sempre um sinal de alerta", disse Calvet.

Comerciais leves

As picapes com até 3,5 mil kg de peso bruto total — como Fiat Strada e Ford Ranger — também apresentaram aumento na produ??o no período.

Entre janeiro e maio de 2025, foram produzidas 199,3 mil unidades desse tipo de veículo, contra 167,1 mil no mesmo intervalo de 2024, alta de 19,3%.

Contudo, em maio deste ano, foram fabricadas 44,5 mil unidades desse segmento, aproximadamente 9 mil a menos do que em maio de 2024.

Importa??o e veículos eletrificados

Segundo Igor Calvet, a entidade demonstra preocupa??o com o aumento das importa??es, que cresceram 19,3% no acumulado do ano.

Entre janeiro e maio de 2025, foram emplacados 187 mil veículos importados, frente a 156 mil no mesmo período de 2024.

Por outro lado, o consumidor brasileiro tem demonstrado preferência crescente por veículos eletrificados. Segundo dados da Anfavea, os maiores volumes de emplacamentos ocorreram nos segmentos de híbridos e híbridos plug-in.

Confira os números, entre maio de 2024 e de 2025:

Elétricos: de 5.170 para 6.958 unidades;Híbridos: de 4.719 para 8.160 unidades;Híbridos plug-in: de 3.718. para 7.144 unidades.

"Atingimos uma marca histórica de veículos com novas tecnologias de propuls?o. Foram 10,4% de participa??o desses veículos, que é o maior nível da história. Sendo, inclusive, maior que o de janeiro deste ano, quando tivemos 10,3%", explicou Calvet.

Esse crescimento pode estar ligado à acelera??o das importa??es por montadoras como BYD e GWM, diante da expectativa de aumento iminente nas tarifas de importa??o.

"A nossa economia cresceu 1,4% no trimestre. Entre os cinco primeiros países que mais cresceram, nenhum deles é produtor expressivo de automóveis", disse Calvet.

Veja quais s?o os países que mais exportaram carros para o Brasil no acumulado do ano:

Argentina: 85.719 unidades;China: 58.118 unidades;México: 12.215 unidades;Alemanha: 10.606 unidades;Uruguai: 7.645 unidades;Tailandia: 3.337 unidades.

Exporta??o

Apesar do crescimento nas importa??es, a indústria automotiva nacional também registrou um aumento expressivo nas exporta??es.

Na compara??o entre maio e abril deste ano, houve alta de 11,3%. No entanto, o desempenho é ainda mais positivo no longo prazo.

Em rela??o a maio de 2024, as exporta??es cresceram 92,6%. No quinto mês de 2025, o Brasil exportou 51.534 veículos, contra 26.760 unidades no mesmo período do ano anterior.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o aumento nas exporta??es foi de 56,6%.

"Nossos carros embarcados para outros países tiveram uma eleva??o de 11%, que registra o melhor mês desde agosto de 2018, quando exportamos 56 mil unidades. Isso se deve muito ao mercado argentino, que tem crescido 78% este ano", revelou Calvet.