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Sistema anticheias, reforma de diques, entrega de casas: promessas n?o saem do papel um ano após a tragédia no RS

Na pior catástrofe climática do ?osaemdopapelumanoapósatragéreaultado da mega sena 1779Rio Grande do Sul, mais de 2 milh?es de pessoas em quase 500 municípios sofreram com chuvas intensas apenas entre o fim de abril e o início de maio. No conserto dos estragos, o ritmo é mais vagaroso. Um ano depois, algumas obras ainda n?o saíram do papel. A demora está ligada na maioria das vezes às diversas etapas necessárias para os servi?os e à necessidade de novos estudos para se prevenir de uma situa??o nunca vivida antes. Mas também há obstáculos fora dos cronogramas, como a remo??o de famílias que moram em cima de um dique em Porto Alegre. 'Maior número de terreiros': Influenciadora que relacionou tragédia no RS a ira de Deus contra macumba vira réLevantamento: Para 75% dos gaúchos, tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul poderia ter sido evitada Foi apenas ontem que o governo gaúcho publicou o edital para contratar a atualiza??o do projeto de engenharia do sistema de prote??o contra as cheias em Eldorado do Sul, com custo previsto de R$ 531 milh?es, a serem pagos com recursos federais. A concorrência será em 13 de maio, a empresa vencedora terá 180 dias para entregar o trabalho e a etapa seguinte ser?o os projetos de engenharia e elabora??o dos estudos ambientais antes das obras. Apesar da demora de quase um ano, o projeto está adiante da constru??o de outros sistemas similares, nas bacias de rios como o Gravataí, Taquari-Antas, Caí, dos Sinos e do Arroio Feijó. — Os projetos s?o complexos. Têm impacto ambiental. Os estudos já feitos seriam superados pela enchente que aconteceu — justificou o governador Eduardo Leite (PSDB) na quinta-feira, ao apresentar um balan?o das a??es do estado. — Encaminhamos os que já tínhamos para o comitê científico (criado para auxiliar no trabalho de recupera??o das áreas destruídas), que alertou: “Esses projetos precisam ser atualizados”. Até agora, o investimento estadual na reconstru??o ultrapassa R$ 6,7 bilh?es. O governo federal destinou R$ 111,6 bilh?es para o Rio Grande do Sul e executou, por enquanto, mais de R$ 89 bilh?es. Em Porto Alegre, onde o prefeito Sebasti?o Mello (MDB) fez uma série de promessas em rela??o à infraestrutura do município em sua campanha de reelei??o, o Dique do Sarandi, que leva o nome do bairro mais devastado pelas águas, teve sua primeira fase concluída em janeiro. Mas as obras foram paralisadas pela Justi?a, devido à necessidade de remover 57 famílias que moram junto ou sobre a constru??o. Destas, 32 aceitaram deixar o local. Remo??es também ter?o de ser feitas nos diques de Asa Branca e Vila Dique. Enchentes destruíram bairros de Porto Alegre em maio de 2024 — Foto: Evandro Leal/Agência Enquadrar/10-6-2024 Comportas Outra obra necessária é o fechamento de comportas do sistema, para reduzir a possibilidade de infiltra??es. O Departamento Municipal de águas e Esgotos (Dmae) diz já ter fechado três comportas, mas ainda faltam servi?os em quatro. Também s?o necessárias as substitui??es de outras três. O resultado dos editais dessas obras foram publicados na quarta-feira e na sexta-feira da semana passada. Somado, o investimento é de R$ 11,3 milh?es. — A comporta 14, que foi o principal fator de inunda??o, ainda está aberta. Ela foi destruída e levada metros adiante. Outras foram abalroadas. Muitas casas de bomba ainda n?o est?o operando plenamente e funcionam com geradores — alerta o professor e engenheiro Fernando Dornelles, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, que costuma levar alunos em visitas ao sistema anticheias. A prefeitura encomendou um estudo para avaliar os defeitos da estrutura e quais as mudan?as s?o necessárias. Mas a análise só deve ficar pronta no próximo ano. — Tudo o que está sendo feito agora era o que deveria ter sido feito 15, 20 anos atrás, de forma periódica — diz Dornelles. — O que o estudo vai apontar é a necessidade de obras que levar?o até mais de 10 anos para serem concluídas. Em duas esta??es de bombeamento, s?o construídas chaminés de equilíbrio, um sistema que impede o Guaíba de avan?ar por meio de po?os. Iniciadas em agosto, devem estar prontos nas próximas semanas. Infográfico mostra o que falta fazer após um ano das enchentes no RS — Foto: Arte O Globo Bloqueios nas estradas Trechos de rodovias alagadas seguem danificados e com o transito prejudicado. Sete bloqueios totais do período das enchentes por queda de ponte ou eros?o do asfalto est?o mantidos, em municípios como Ivorá, Relvado, Dilermando Aguiar e Bento Gon?alves. Outras seis estradas ainda est?o bloqueadas parcialmente, de acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar. Mas o governo do estado diz que 94% das rodovias impactadas já foram desbloqueadas. Os trabalhos de remo??o de barreiras, reparo de aterros, conten??o de eros?es e manuten??o do pavimento consumiram mais de R$ 432 milh?es. O trecho da estrada RS-348 entre Dona Francisca e Agudo, destruído nas cheias, está no pacote de R$ 1,2 bilh?o de servi?os anunciado pelo governo gaúcho em janeiro. Mas a obra deve ficar pronta apenas no primeiro semestre de 2026. Uma das principais iniciativas do governo federal, o Minha Casa Minha Vida – Reconstru??o tem 10.601 unidades habitacionais entregues, contratadas ou est?o em constru??o. O número, no entanto, n?o chega à metade das 24,8 mil unidades previstas. Foram destinados R$ 3,4 bilh?es em créditos extraordinários para casas em áreas urbanas e rurais. O Ministério das Cidades informou que nos próximos dias lan?ará editais para a contrata??o de mais 4 mil unidades. O governo gaúcho criou o programa A Casa é Sua – Calamidade, uma contrapartida estadual voltada também para resolver a falta de moradias. Inicialmente voltado a distribuir a casas temporárias, a iniciativa foi expandida para a constru??o de unidades permanentes. Segundo a Secretaria de Habita??o e Regulariza??o Fundiária, est?o previstas 2.235 unidades em 40 municípios. Mas até o momento, apenas 422 casas est?o sendo erguidas em 11 cidades. A pasta já investiu R$ 58,7 milh?es no programa. — Os programas implementados dependem muito de que as vítimas busquem as melhores solu??es, tarefa que exige um entendimento sobre financiamento e setor imobiliário que n?o é acessível a todos os públicos — recomenda acordo o professor de planejamento urbano Eber Marzulo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. — A primeira medida dos governos deveria ser localizar essas famílias necessitadas fora dos abrigos e ajudá-las no acesso aos programas. Mais recente Próxima Eduardo Leite e PT brigam sobre recupera??o um ano após as enchentes que mataram 184 pessoas e ainda assombram gaúchos Inscreva-se na Newsletter: Jogo Político Inscrever :root { --news-contextualizada-font: OGloboTitleFontBold,OGloboTitleFontFallback; --news-contextualizada-primary-color: #1e4c9a; } Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 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