BBC Audio Rugby Union Weekly Ilona Maher, LRZ and the 'radical' WRU proposal.txt

Bom dia Brasil completa 40 anos discutindo mudan?as da sociedade

Nesta ter?a-feira (3),jogo do chaves jogo do chaves jogo do chaves o Bom Dia Brasil completa 40 anos. Neste período, muitos apresentadores, comentaristas e repórteres passaram pelo tradicional jornal das manh?s da TV Globo. A atual apresentadora, Ana Paula Araújo, está na bancada há nove anos.

1 de 5 Ana Paula Araújo comanda o Bom Dia Brasil — Foto: Fernanda Ornellas/TV Globo

Para relembrar momentos importantes da história do jornal, Ana Paula conversou com duas famílias, os Silva e os Campello, e analisou as transforma??es ocorridas no Brasil e no mundo ao longo de quatro décadas pela ótica de quem importa – os telespectadores.

O tetracampeonato da Copa do Mundo, as Diretas Já, a morte de Ayrton Senna, o acidente na barragem de Mariana, os Planos Cruzado e Real, a queda do avi?o da Chapecoense. Todos estes momentos foram retratados pelo Bom Dia Brasil. Alguns deles foram sentidos pela família do professor de geografia Marcelo Campello.

“O meu av? me deu de presente R$ 2. Em 1995 eu era rico. Comprava dez sorvetes com aquele dinheiro”, brinca Marcelo, relembrando a mudan?a econ?mica imposta pela implementa??o do Plano Real, em 1995.

2 de 5 Marcelo Campello (centro) e sua família conversando com Ana Paula Araújo — Foto: Reprodu??o

O administrador Valdir da Silva, por sua vez, relembrou um dos mais difíceis momentos da economia do país: o confisco das poupan?as durante o governo de Fernando Collor.

“Para todo mundo, para quem tinha ou n?o tinha dinheiro na poupan?a, foi um trauma muito grande”, relata.

Ana Paula Araújo celebra os 40 anos do Bom Dia Brasil e fala de rotina de trabalhoQuz Bom Dia Brasil: veja se sabe tudo sobre o jornal

O aposentado Innocêncio da Silva, pai de Valdir, viu como importante um projeto aprovado pelo Senado em 2022, que equiparou os crimes de injúria racial e racismo. E o destaque dele tem motivo.

“Meu pai e minha m?e foram filhos de escravos. E meu pai foi uma pessoa que sofreu pela cor, e até hoje as pessoas ainda sofrem por isso”, lembra.

3 de 5 O aposentado Innocêncio da Silva é filho de escravos e sabe o que é o racismo — Foto: Reprodu??o

Valdir foi na linha do pai e lembrou do caso George Floyd, assassinado por um policial em 2020 nos EUA. E admitiu que ainda n?o se sente completamente seguro ao entrar em determinados lugares. “Mas aprendi com meu pai a lidar e encarar”, salienta. Já Mariana, filha de Valdir, vê diferen?as entre as lutas contra o racismo dela, do pai e do av?.

A militancia deles é uma militancia de sobrevivência, porque eles tiveram que passar por muita coisa e às vezes até que engolir calados. E hoje em dia acho que a gente consegue criar esse debate e expor mais as situa??es. Acho que ainda há muita resistência, mas a sociedade tem se aberto um pouco mais para conversar sobre essas quest?es”, diz Mariana.

4 de 5 Valdir e Mariana da Silva falam sobre o racismo na gera??o atual em compara??o à gera??o de Innocêncio — Foto: Reprodu??o

Em maio de 2013, o Conselho Nacional de Justi?a aprovou uma resolu??o que obriga os cartórios de todo o país a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo. E a conquista n?o passou batida pela família Campello.

“Hoje a gente é educado pelos mais novos. Vejo que apesar dos índices de homofobia e transfobia, hoje a conversa está mais ampla”, diz Marcelo Campello.

O filho de Marcelo, Jo?o Pedro, foi ainda mais longe. Para ele, a pauta LGBT é absolutamente natural entre as pessoas da sua gera??o, e n?o há espa?o para preconceitos.

“No meu grupo de amigos n?o tem nenhum tipo de homofobia, transfobia. A gente evoluiu, a gente n?o tem nenhum problema com nenhuma rela??o. Isso é normalizado, e é de fato normal”, sentencia.

5 de 5 Jo?o Pedro Campello falou sobre homofobia e transfobia na sociedade brasileira — Foto: Reprodu??o

Veja a matéria completa com as famílias Campello e Silva no vídeo acima.