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Helicópteros s?o usados para dispersar sementes de palmito-ju?ara em áreas de Mata Atlantica degradada no Paraná

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A??o faz parte do projeto “Jornada na Natureza”, liderado pelo MST em parceria com a Polícia Rodoviária Federal.

Helicópteros est?o sendo usados para a dispers?o de sementes de palmito-ju?ara em áreas de Mata Atlantica que foram degradadas. A a??o faz parte do projeto “Jornada na Natureza”, liderado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A palmeira ju?ara é símbolo da Mata Atlantica, mas devido a explora??o para a produ??o de palmito, ela quase desapareceu. Atualmente, o corte é proibido.

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As sementes s?o lan?adas aleatoriamente para que novas palmeiras brotem na regi?o. A distribui??o desta forma permite que a natureza escolha onde cada semente vai germinar.

Durante a a??o que ocorreu na Serra do Mar, Jonas Aparecido de Souza, integrante do MST, explicou que a palmeira é uma das principais plantas do bioma porque contribui para a biodiversidade e a fauna da floresta.

"Ela é um dos principais alimentos de aves e de outros animais. Além disso, ela ainda serve para a produ??o de a?aí, destinado ainda à alimenta??o dos seres humanos”, conta o integrante.

O helicóptero da PRF sobrevoou também áreas de Mata Atlantica em Quedas do Igua?u, Nova Laranjeiras e em Antonina. Essas regi?es têm assentamentos agrícolas e terras indígenas.

Até o momento, foram distribuídas 21 toneladas de sementes do palmito-ju?ara, em diferentes áreas de Mata Atlantica, no Paraná.

Elas foram lan?adas pelo ar, mas também plantadas diretamente na terra. Em 2023, quando o projeto come?ou, foram despejadas cerca de cinco toneladas e, no ano passado, 14 toneladas.

Antes de serem lan?adas, sementes passam por tratamento

1 de 1 Helicóptero é usado para dispers?o de sementes de palmito ju?ara em áreas degradadas e proprietários do noroeste investem em agroflorestas. — Foto: RPC

Com o objetivo de que elas germinem mais rápido, as sementes passam por um tratamento. De acordo com Fernando César Oliveira, superintendente da PRF no Paraná, a inten??o é simular um brotamento espontaneo.

“A ideia é usar a aeronave como se fosse a natureza, com o vento, os pássaros e os animais dispersores, e acabamos distribuindo as sementes ao longo das áreas degradadas. A Mata Atlantica é uma área já muito devastada e, além da preserva??o, é preciso recuperar essas áreas”, explica.

O superintendente explica que a polícia tem uma rela??o institucional com diversas entidades da sociedade brasileira, tanto empresariais, como, por exemplo, Federa??o das Indústrias e Federa??o da Agricultura, além de uma participa??o ativa em feiras agropecuárias das Sociedades Rurais e também com o MST.

"Muitas pessoas, às vezes, olham com preconceito, estigma, mas há um trabalho muito importante de preserva??o ambiental que o movimento faz nos assentamentos”, conta.

Resultados positivos

Segundo pesquisadores, essa forma diferente de espalhar sementes usando o helicóptero já trouxe resultados positivos, como explica Giovana Carriel, da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que tem sedes no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no oeste do Paraná.

“A gente estipulou 30 áreas para fazer este estudo, onde n?o tinha plantas adultas. Se, em cada 10 metros quadrados, um indivíduo permanecer adulto, vai render, mais ou menos, mil plantas. Cada planta produz 5 quilos de polpa. Ent?o, seriam 5 toneladas de polpa do a?aí, um valor bem significante para o produtor” , explica Giovana.

A pesquisadora acredita que, dessa forma, a palmeira pode virar fonte de renda para pequenos produtores, nos próximos anos, sem riscos de ser cortada.

“A ideia é ter a logística de ter um a?aí local e consumir dos próprios produtores daqui. é bem mais interessante economicamente. E a produ??o agroecológica é muito eficiente em aliar essa quest?o da conserva??o da natureza com a produ??o de alimentos”, afirma.

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