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Concluir EJA aumenta chances de trabalho com carteira assinada e melhora renda de jovens em quase R$ 100, revela pesquisa

Quem conclui a Educa??o de Jovens e Adultos (EJA) tem melhores condi??es no mercado de trabalho,jogos para pessoas com deficiência visual como formaliza??o do vínculo empregatício e melhora na renda. é o que revela a pesquisa inédita "Educa??o de Jovens e Adultos: Acesso, Conclus?o e Impactos sobre Empregabilidade e Renda", divulgada nesta quinta-feira (4).

?? EJA é uma modalidade de ensino focada em pessoas a partir dos 15 anos que n?o concluíram o ensino fundamental ou médio na idade regular. A proposta é viabilizar a forma??o nas etapas em um tempo reduzido, já que o diploma pode ser obtido em até 2 anos, a depender do nível de ensino desejado.

O estudo — que é resultado de uma parceria entre a Funda??o Roberto Marinho e o Itaú Educa??o e Trabalho, com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2014 a 2022, — ainda mostra que:

jovens de 19 a 29 anos que concluem a EJA aumentam em 7 pontos percentuais suas chances de conseguir um emprego formal, eeleva uma renda média de R$ 1.372 para R$ 1.474, um aumento de 4,5%.Entre 19 e 24 anos, a probabilidade de formaliza??o aumenta para 9,6 pontos percentuais, ea renda mensal aumenta de R$ 1.302 para R$ 1.400, uma valoriza??o de 7,5%.

Além disso, a pesquisa refor?a que o impacto do diploma de ensino médio da EJA é imediato, já que esses efeitos foram observados em um intervalo de 1 ano após a conclus?o da etapa.

1 de 1 Programa EJA Profissionalizante EAD, em Palmas — Foto: Divulga??o/Sesi

Rosalina Soares, superintendente de Conhecimento da Funda??o Roberto Marinho, avalia que a EJA possui fun??es "reparadora, equalizadora e qualificadora" que s?o válidas e urgentes, como mostra o estudo.

Matrícula e permanência em queda

Apesar dos benefícios atrelados à conclus?o da EJA, a etapa vem sofrendo com quedas constantes no número de matrículas e de permanência, e até de oferta de vagas pelo país.

Em 2024, foram registradas apenas 2,4 milh?es de matrículas na modalidade, menos da metade das 4,9 milh?es de matrículas de 2008. Além disso, mais de mil municípios n?o incluíram a EJA na oferta de suas redes no ano passado.

A pesquisa também evidenciou que, apensar do avan?o da modalidade atreleada à Educa??o Profissional e Tecnológica (EJA-EPT), a oferta ainda é baixa. Apensas 13% dos municípios ofertaram esta modalidade em 2024.

Mas a oferta n?o é o único problema a ser enfrentado, já que os jovens com ensino fundamental e médio incompletos têm mais chances de evadir do que migrar para a EJA, segundo o levantamento.

Jovens de 18 a 20 anos com ensino fundamental incompleto, têm 27% de probabilidade de evadir.O mesmo grupo tem 12,7% chance de migrar para a EJA. Entre aqueles com o ensino médio incompleto, os índices caem para 6,4% e 1,5%, respectivamente. O risco de evas?o aumenta se o jovem for homem, negro, resida em área rural, tenha menor renda domiciliar per capita e/ou esteja trabalhando.

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