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Dirigente da ONU reclama dos 'pre?os exorbitantes' da COP em Belém e desorganiza??o: 'é insanidade e um insulto'

Após a reuni?o do ?osexorbitantesdaCOPemBelémedesorganiza??oéresultado da lotofácil de sexta passadagoverno brasileiro com o Bureau da Conven??o-Quadro das Na??es Unidas sobre Mudan?a do Clima (UNFCCC) — órg?o da ONU responsável pelas Conferências das Partes (COPs) — Juan Carlos Monterrey Gómez, o representante do Panamá e um dos vice-presidentes do Bureau, afirmou que é 'inaceitável fingir que está tudo bem enquanto as delega??es enfrentam condi??es impossíveis'. Segundo ele, os problemas de hospedagem s?o uma "insanidade e um insulto". Governador do Pará: Helder quer a??o de cinco órg?os públicos contra a hiperinfla??o da hospedagem na COP30 em BelémCarta-resposta: Brasil responde à declara??o de países que criticaram crise de hospedagem e diz que COP30 n?o será transferida Gómez é representante das negocia??es climáticas do Ministério do Meio Ambiente do Panamá e vice-presidente de Implementa??o da UNFCCC. Assim, ele atua como um dos dirigentes do Buereau, representando o grupo dos países caribenhos. Apesar do governo brasileiro ter afirmado, após a reuni?o, que todas as condi??es de hospedagem e seguran?a para a COP 30 est?o asseguradas, o encontro foi definido como 'tenso', afirmou uma fonte ao GLOBO. Depois da reuni?o, a terceira oficial do Bureau nos últimos dois meses, Goméz usou seu Linkedin para criticar a condu??o da presidência brasileira da COP 30. Ele escreveu que exp?s "de forma clara a realidade da situa??o" de logística. Segundo ele, a presidência brasileira teria lhe respondido que ele n?o entende " as regras de procedimento, nem de diplomacia, que minhas palavras eram “inaceitáveis” e que a cidade-sede n?o seria transferida". Por isso, Goméz respondeu: "Mas o que é realmente inaceitável é fingir que está tudo bem enquanto as delega??es enfrentam condi??es impossíveis". Em seguida, ele escreveu todo o seu discurso na publica??o do Linkedin. Na sua fala, ele se disse "absolutamente impressionado" e que a impress?o é que os representantes dos países est?o "sendo feitos de tolos" após n?o serem supostamente atendidos pela presidência brasileira em rela??o às preocupa??es com a logística e a hospedagem. Segundo Goméz, diversas delega??es "est?o sendo for?adas a pagar valores exorbitantes". Ele afirma que a situa??o "n?o é um problema logístico. Isso é insanidade e um insulto". Veja a íntegra do discurso de Goméz: “Estou absolutamente impressionado, e francamente confuso, que pela terceira vez neste Bureau, todas as regi?es do mundo falaram com uma só voz à Presidência brasileira eleita, e ainda assim nossas palavras parecem entrar por um ouvido e sair pelo outro. Parece que estamos vivendo em uma realidade paralela toda vez que participamos dessas reuni?es. Além disso, nosso tempo está sendo desperdi?ado e estamos sendo feitos de tolos. Mais de setenta por cento das delega??es n?o reservaram hospedagem. Esse único número já diz tudo: os arranjos atuais s?o impossíveis. As op??es custam de 200% a 400% acima da diária de subsistência da ONU, e simplesmente n?o s?o viáveis. Isso n?o é apenas sobre quartos de hotel. é sobre se levamos este processo internacional a sério. Se respeitamos uns aos outros. Se respeitamos a nós mesmos. Neste momento, n?o estamos fazendo nada disso. Delega??es, em todas as regi?es, est?o sendo for?adas a pagar valores exorbitantes, n?o reembolsáveis, sob pacotes rígidos que n?o podem ser modificados. As faturas devem ser pagas em três dias, independentemente dos processos de aprova??o nacionais. As informa??es chegam em peda?os, as delega??es est?o espalhadas, a coordena??o se torna impossível. Isso n?o é um problema logístico. Isso é insanidade e um insulto. Uma pesquisa conduzida pelo Secretariado de Mudan?a do Clima da ONU confirmou o que já sabíamos: o desconforto e a frustra??o s?o esmagadores. Como vice-presidente do Bureau, pe?o ao Secretariado que forne?a um parecer formal e por escrito sobre alternativas e sobre o processo pelo qual este Bureau pode solicitar formalmente à Presidência da COP a mudan?a da cidade-sede. Porque n?o podemos realizar uma COP em condi??es que excluem a participa??o e violam os princípios centrais do multilateralismo. Viemos aqui para construir confian?a e solu??es. Em vez disso, est?o nos oferecendo desculpas e absurdos.” Respostas do governo brasileiro na reuni?o Após a reuni?o, representantes do governo federal afirmaram "que todas as condi??es logísticas, de infraestrutura e de seguran?a est?o asseguradas para a realiza??o da COP30". Ainda assim, foi informado que delegados de apenas 47 dos 196 países participantes da UNFCCC têm hospedagem garantida até agora. O grupo que garantiu participa??o na conferência equivale a 24% do total. A organiza??o do cúpula climática enfrenta uma crise por conta dos pre?os elevados de estadia na capital do Pará. Por isso, o tema foi o assunto mais debatido da reuni?o e o governo brasileiro foi cobrado a apresentar solu??es. Veja quais foram os principais pedidos feitos pelo Bureau ao governo brasileiro na reuni?o desta sexta: Redu??o para 100 dólares o valor das acomoda??es de países menos desenvolvidos e pequenas ilhas As delega??es LDCs e SIDS, siglas para países menos desenvolvidos e pequenos Estados insulares, respectivamente, est?o entre as que mais pressionaram por solu??es de hospedagem nos últimos meses. Por isso, nesta sexta o Bureau cobrou que o governo brasileiro consiga a redu??o dos valores que vem sendo cobrados, ao menos para esse grupo. Em resposta, o Brasil "reafirmou seu compromisso em assegurar condi??es inclusivas" para esses países e disponibilizou 15 quartos individuais entre 100 e 200 dólares. Além disso, o governo afirmou que apoiou o pleito desses países para que a UNFCCC revise o teto da diária subsidiada pela ONU em Belém, hoje fixada em 144 dólares. O governo citou valores de outras cidades brasileiras como compara??o: Rio de Janeiro (US$ 229), S?o Paulo (US$ 234) e Paraty (US$ 435). Redu??o do valor das acomoda??es para países em desenvolvimento e desenvolvidos para faixa entre 400 e 500 dólares O governo brasileiro respondeu que "realiza esfor?o inédito de investimento" assegurando infraestrutura, logística e hospedagem inclusiva na COP 30 e que há 10 quartos individuais custando entre 200 e 600 dólares a diária para países desenvolvidos e demais delega??es. Por outro lado, o Brasil negou aumentar subsídios a delega??es de "países com renda semelhante ou superior à do Brasil". Segundo o governo, isso "n?o seria justificável para a sociedade brasileira", e o foco do auxílio s?o os países de menor renda. Redu??o do período mínimo de reservas de 15 diárias Após pedido do Bureau, o governo brasileiro confirmou que o período mínimo de reservas nos pacotes oficiais será reduzido para 10 dias Plano de comunica??o proativo, incentivando todos os participantes a gerenciar o tamanho de suas delega??es O governo brasileiro respondeu que a gest?o do tamanho das delega??es é atribui??o de cada país e do secretariado da UNFCCC, mas que atua em coordena??o permanente com as partes. Expandir a oferta de hospedagem na plataforma oficial O governo respondeu que novas op??es de hospedagens na plataforma oficial Bnetwork est?o sendo incorporadas. Atualmente, há mais de 2.600 quartos disponíveis na faixa de até 600 dólares, além dos 2.500 já garantidos às delega??es dos países. O Governo do Pará também negocia complementos, em escolas adaptadas, que funcionariam no modelo de hostel. Transporte e acomoda??o para hospedes de navios após 22 de novembro, caso haja prorroga??o da conclus?o das negocia??es A COP 30 vai durar até o dia 22 de novembro. Mas, se houver prorroga??o do evento, foi pedido um plano que assegure prolongamento da estadia em navios. O governo brasileiro respondeu que, nesse cenário, os hóspedes sair?o dos navios e ir?o para outros hotéis e imóveis privados. Central de atendimento às delega??es Após pedido, o governo Federal criou um grupo de trabalho exclusivo para atendimento às delega??es. Esse canal direto servirá para tratar quest?es relacionadas a hospedagem, transporte e saúde, entre outros. Deslocados do clima: Proprietários despejam inquilinos em Belém para usarem imóveis como hospedagem na COP30Presidente da COP30: Lula 'reiterou com o mesmo entusiasmo' que evento terá personalidade por ocorrer em Belém Dos países com hospedagem confirmada, 39 o fizeram por meio de uma plataforma de reservas oficial, que oferece um número limitado de quartos a pre?os controlados, e outros oito est?o pagando as diárias mais inflacionadas de mercado. Mesmo entre os países que usaram a plataforma oficial, a maioria é de na??es desenvolvidas, com or?amento mais folgado para seus diplomatas. Segundo Miriam Belchior, secretária Executiva da Casa Civil, uma for?a-tarefa coordenada pela Casa Civil está tratando de ligar individualmente para todos os países para ajudá-los a fechar suas reservas com os quartos que foram disponibilizados às delega??es oficiais, priorizando as na??es em desenvolvimento. — Nós faremos essas (chamadas) bilaterais com todos os países para ir fechando aquele conjunto de ofertas que já fizemos: quartos para 15 negociadores com diárias entre US$ 100 e US$ 200, para os países mais pobres, insulares, ou 10 negociadores com valores a uma faixa mais alta — afirma a secretária. Recorde de exclus?o Caso a solu??o para hospedagens dos delegados dentro da UNFCCC seja resolvido, ainda carece de solu??o o problema de acomoda??o para outros participantes da COP30: representantes da sociedade civil, da academia, do empresariado, de comunidades tradicionais e outros setores. Sob risco de esvaziamento com a ausência desses grupos, a coaliz?o de ONGs Observatório do Clima alerta para o risco de a COP30 ser a conferência do clima "mais excludente da história". é comum que o pre?o de diárias de hotéis dobre ou triplique durante conferências do clima da ONU em outras cidades, mas em Belém o fator de multiplica??o em quest?o é de dez vezes em muitos casos, o que limita a participa??o de muitas pessoas. O governo diz que ainda busca solu??es para intervir no mercado de maneira limitada, dentro da lei, atuando por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), mas essa frente de a??o n?o tem prazo para surtir efeito. — No come?o de junho, a Senacon já acionou todos os hotéis pedindo informa??es. Essas informa??es est?o sendo analisadas, e isso vai ter consequência para quem for caracterizado como cometendo abuso — disse Correia, mas isso tem o tramite normal da legisla??o brasileira — Isso está previsto em lei brasileira contra abuso da economia popular. Tem a liberdade de de mercado, mas n?o pode ter abuso nessa Liberdade de mercado. Isso tem que ser parametrizado, e é isso que os órg?os de controle est?o fazendo. Mais recente Próxima Lula volta a defender sede da COP30 e diz que Belém n?o é 'chique como Paris e Dubai' Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ vertical-align:middle}.bstn-aovivo-label{ 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